Trinta dias depois da implantação, problemas pontuais ainda existem inclusive na Central telefônica; bases de Toledo, Marechal Cândido Rondon, Guaíra e Palotina ainda não ficaram prontas...

 

Mesmo com diversos problemas de telefonia detectados no início dos trabalhos do Consamu (Consórcio Intermunicipal Samu Oeste), a central reguladora completou um mês de atendimento na Região Oeste com 9 mil ligações recebidas e um total de 3,5 mil atendimentos realizados pelas equipes do Consamu. Hoje, a maioria das ligações chega até a central, mas ainda há problemas com uma das operadoras de celular.

 

De acordo com o secretário-executivo do Consamu, José Peixoto da Silva Neto, o trabalho ainda está em fase de adaptação e constantemente são realizadas assembleias para apontar as situações que precisam ser melhoradas em cada cidade. “Nós estamos encaminhando profissionais de Cascavel, que já possuem uma experiência maior no atendimento de urgência e emergência, para passar 12 horas trabalhando nas bases da região, repassando seus conhecimentos, para que possamos padronizar o serviço”, explica.

 

Algumas cidades ainda não estão com a estrutura das bases concluídas, como é o caso de Toledo, Marechal Cândido Rondon, Guaíra e Palotina. “O fato de a base não estar pronta, não quer dizer que o atendimento não esteja sendo feito. Nestes casos o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) está instalado em hospitais ou no Corpo de Bombeiros, e realiza o trabalho normalmente”, justifica Peixoto, que conta que o consórcio irá receber, nesta semana, três UTIs móveis (Unidade de Terapia Intensiva), que ficarão em Cascavel, Guaíra e Quedas do Iguaçu.

 

Mesmo assim, Peixoto avalia positivamente os primeiros dias de trabalho da equipe do Consamu. “Tem muita coisa ainda para se ajustar ainda, mas o atendimento de urgência e emergência melhorou muito na região. Antes, em muitos casos, a ambulância da prefeitura contava apenas com o motorista, que podia somente realizar o transporte. Hoje, nos locais em que não há médico, nós contamos com um enfermeiro, e o transporte do paciente para outras cidades acontece somente se existir a necessidade”.

 

O secretário-executivo lembra também que está sendo realizada uma campanha de orientações à população nos municípios que agora são atendidos pelo Consamu. “Nós percebemos que a maioria das pessoas não sabe acionar o Samu, ou não entende como acontece o trabalho, principalmente em relação aos questionamentos que o médico regulador faz ao telefone, para que o atendimento seja o melhor possível quando a ambulância chegar”. Ele conta que foram distribuídos 30 mil panfletos explicativos para a população e que estão sendo encaminhados 2 mil cartazes para os municípios do consórcio.

 

Balanço dos 30 dias

 

Foram 9 mil ligações recebidas entre o dia 1 ao dia 30 de novembro, mas 4% delas eram trotes e em 5% dos casos foi feita apenas o repasse de informações à população. Dos 3.500 atendimentos feitos pelas equipes do Consamu, 523 foram situações em que o serviço foi cancelado após o envio da ambulância ou casos em que foi enviada frota municipal para atender o paciente, sendo então 2.977 o total de atendimentos em que houve deslocamento de ambulância do Samu.  Os casos atendidos foram divididos em: 1.680 casos clínicos; 530 transferências; 455 politraumatizados; 210 casos obstétricos; 99 casos psiquiátricos; e 526 outros.