Em dias de sol e vento telhas geram poeira tóxica e cancerígena

Cerca de mil toneladas de folhas de amianto continuam a céu aberto. O entulho é resultado do forte temporal que atingiu a cidade de Corbélia no ano passado, deixando 80% da população prejudicada e R$ 10 milhões de prejuízos ao município. Desde então, as folhas de amianto quebradas estão em um terreno, o que já faz quase um ano.

O Ministério Público entrou com uma ação na justiça pedindo que as empresas fabricantes ficassem responsáveis pela destinação correta do material, mas por enquanto, o processo está parado.

A Prefeitura também havia conversado no início desde ano com o instituto que representa todas as empresas fabricantes de folhas de amianto. A princípio haveria um acordo, que até agora não aconteceu.

O problema é que enquanto nada é feito, os riscos do material exposto são grandes. As folhas de amianto em dias de sol e vento geram poeira tóxica e cancerígena. Em dias de chuva, o problema é a contaminação do lençol freático. Além disso, tem a questão da utilização da propriedade, que foi cedida por um morador de Corbélia.

A nossa equipe entrou em contato com o proprietário do terreno, que não estava na cidade, mas informou que a medida que deveria ser provisória já está se arrastando há quase um ano. Ele precisa investir nessa área, tem planos para o terreno e por enquanto, não tem o que fazer. Além disso, outra grande preocupação deste proprietário é que além das folhas de amianto que estão quebradas, tem gente utilizando a área como depósito de lixo e deposita no local todo o tipo de material.

A prefeitura espera agora que um novo promotor assuma o município para dar continuidade a ação, já que Corbélia não tem condições de dar a destinação correta por conta própria devido ao alto custo, que gira em torno de R$ 1 milhão.