Um grupo de 30 pessoas ocupou o auditório da Câmara de Vereadores de Corbélia. Foi na segunda-feira (23), durante sessão ordinária. Não usaram faixas, nem cartazes, mas entregaram ao presidente da Casa, Dangelles Decki, um documento com mais de 100 assinaturas. No abaixo assinado relatam dificuldades e pedem a construção de calçamento, na Rua Orquídea, em um trecho de, aproximadamente, 300 metros. Acompanharam, silenciosamente, a sessão e depois se reuniram com os vereadores. Por mais de 20 minutos trocaram ideias, mas não chegaram a nenhum consenso.

Ney Pauvels, líder da bancada do governo, propôs a reforma no leito da rua com cascalhamento e compactação a rolo, mas os moradores não aceitaram. Também ofereceu a possibilidade de patrolamento imediato, como medida paliativa. Explicou que o calçamento demora meses porque depende de um planejamento e da captação de recursos. Ele chegou a pedir que os colegas do Legislativo conversem com os deputados de cada partido, em busca de emendas parlamentares para a execução da obra. Isso, entretanto, só pode ser feito depois que o projeto esteja concluído.

Amarildo Amorim, um dos líderes do grupo, considerou produtivo o encontro os vereadores. Ele saiu da sessão, esperançoso. Reafirmou, entretanto, a necessidade do grupo manter firme o posicionamento e seguir acompanhando cada passo do processo. “É um bairro praticamente esquecido, mas lutamos e vamos continuar trabalhando para que a população seja valorizada”, disse.

Roberto Beherend, mora há seis meses no bairro mas enfrenta problemas por causa da rua mal conservada. Descreveu que o pedido de calçamento já tinha sido feito em outras administrações, porém sempre foi deixado de lado por causa de outras prioridades. “Não é só em época de eleição que aquele bairro tem moradores. Eles precisam ajudar para que as nossas famílias possam viver melhor”, argumentou.